Mais um final antecipado

28/04/2008

Sexta-feira vai ao ar o último capítulo da novela das seis da Globo, "Desejo proibido". A trama de Walther Negrão tinha a missão recuperar o ibope perdido com a antecessora, "Eterna magia". A proposta era simples: contar uma história de época valorizando o romance como plano de fundo. O elenco escalado foi de primeiro nível e a direção caprichou em todos os detalhes. Só que, em termos de audiência, o resultado ficou aquém do esperado.

O texto de "Desejo proibido" poderia ter sido mais envolvente. Pra dar certo, novela precisa de um gancho interessante. E ele deve estar presente logo de cara. O resultado do capítulo de amanhã é fruto do capítulo apresentado hoje. E, por muitas vezes, o romance e as pitadas de humor da trama não mexiam com o telespectador. Só para exemplificar, a novela girava em torno do milagre da Virgem de Pedra e da condição religiosa de Miguel (Murilo Rosa). Essa espinha dorsal não chamou muito a atenção e com os índices baixos, a Globo culpou o horário de verão pelo mau desempenho da novela ao invés de considerar o fraco argumento do autor determinante para esse.

O público de "Desejo proibido" acabou então se contentando com as tramas paralelas, que apresentaram atuações primorosas como as de Marcos Caruso, Nívea Maria e Lima Duarte. Não podemos esquecer de Nezinho, último personagem de Luís Carlos Tourinho, que faleceu em janeiro enquanto atuava na novela.

Desde "O profeta", a Globo vêm perdendo audiência no horário das seis. "Eterna magia" teve 148 capítulos. "Desejo proibido" terá somente uma semana a mais. E recebe ainda o rótulo de pior audiência da década no horário. Caberá à "Ciranda de pedra" o milagre de recuperar audiência. Detalhe: antes mesmo de iniciar, a próxima produção global já está prevista para terminar em outubro. Ou seja, mais um final de novela das seis antecipado.

Mudando de assunto...

Não dá pra não falar das loucuras do tio Sílvio! Hellen e Caco voltaram a distribuir dinheiro. Dessa vez, nas tardes de sábado. É que durante o "Vale a pena ver programas que já deram audiência no SBT e que foram exibidos antes do dilúvio", eles brincam com os telespectadores enquanto e distribuem alguns trocados. A economia é tanta que o "Eu sou fã do SBT", que chegou valer cem reais, atende agora por "Quem não viu vai ver" e vale a metade. Além do mais, o corte de gastos está presente também no desaparecer das moças que cantavam o "lalalalalalalalalalalalalalaaaaaa..."

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