O sucesso de séries médicas

14/10/2020
Fonte: Reprodução
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Hospital e doença tornaram-se filões que têm feito muito sucesso ultimamente. Nas séries temos House M.D., Grey's anatomy, The good doctor, New Amsterdan, Sob pressão (que voltou com dois episódios especiais e uma atuação irretocável de Marjorie Estiano)... E isso me faz pensar na busca por notícias sobre o coronavírus, essa curiosidade das pessoas sobre as doenças, os dados epidemiológicos, as mudanças nos modos de vida a partir deste momento em que se faz necessário o distanciamento social, a corrida pelas vacinas... Penso sobre as pessoas indo na internet para se consultar no Google ou então conversar com alguém ao descobrir que a pessoa é médica e já perguntar: "Olha só, eu tenho uma mancha aqui. O que será que é?". Tudo quase beirando a hipocondria.  A incerteza, a noção de incompletude e de finitude mexe muito com o ser humano. E isso mobiliza as pessoas. Então quando a gente fala sobre uma doença contagiosa, instaura-se uma crise. Uma crise que passa a fazer parte do dia a dia das pessoas e que a arte vai refletir em produções audiovisuais. Não necessariamente um ebola, um coronavírus, mas a gente pode observar como filmes e séries que trazem personagens condenados à morte em razão de uma doença são geralmente obras que despertam interesse das pessoas. É meio mórbido isso, mas faz parte do ser humano. Hoje o retrato que as pessoas mais têm acesso é através do cinema, do audiovisual, mas se a gente voltar no tempo, é possível encontrar nas pinturas, nas esculturas, na filosofia, na literatura toda uma história do ser humano e da relação com a morte. Portanto, o que eu trago hoje é essa reflexão de que os filmes e as séries não falam apenas sobre uma doença, mas sim sobre uma questão mais ampla que é o ser humano diante da morte.

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